- MPRS: Cinco acusados são condenados por apedrejar até a morte jovem que flagrou companheira com outro homem
MPRS
Cinco acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados pelo Tribunal do Júri em São Borja pelo homicídio qualificado de Carlos Henrique Xarão, 20 anos, ocorrido em 23 de março de 2008. A vítima foi apedrejada até a morte porque flagrou a companheira, uma das condenadas, com outro homem, também envolvido no crime.
Atuaram em plenário os promotores de Justiça Dax Barreto Bogo e Leonardo Giardin. Em júri realizada dia 29 de maio, a companheira da vítima e seu amante na época dos fatos foram sentenciados a 19 anos e três meses de reclusão cada. Já outros três criminosos receberam penas, cada um, de 16 anos e seis meses de prisão. Os réus foram presos em plenário.
O CRIME
No dia em que o crime ocorreu, Xarão flagrou sua companheira beijando o amante dela, o que deu início a uma discussão. Em seguida, um terceiro envolvido no caso — que estava no local — iniciou com as agressões físicas, incitando os demais a participarem. A vítima foi espancada com socos e chutes, sendo depois apedrejada até a morte. Conforme a denúncia do MPRS, a companheira de Xarão foi quem incitou os demais a matá-lo, o que culminou com o homicídio.
“Não importa quanto tempo passe, quem mata precisa pagar. Xarão tinha só 20 anos quando foi brutalmente humilhado, espancado e apedrejado até a morte. Aquele 23 de março de 2008 só acabou em 29 de maio de 2025. Foram 17 anos, dois meses e seis dias. Página virada para a família e para a mãe, dona Ana Maria, que viajou 600 quilômetros para ver triunfar uma justiça que ela nem esperava mais. A sociedade são-borjense, representada pelos sete jurados, está de parabéns. Lavou a alma daquela mãe e fez com que os cinco autores do bárbaro assassinato finalmente pagassem pela crueldade”, disse o promotor Leonardo Giardin.
“Um homicídio perverso e cruel, que ceifou uma jovem vida e traumatizou para sempre familiares e amigos, revelou todo o mal de que aqueles réus são capazes. A justiça tardou, mas não falhou. Dezessete anos depois, o Conselho de Sentença condenou os cinco réus por homicídio qualificado, conforme a denúncia do Ministério Público. Reafirma-se o compromisso inabalável desta instituição com a defesa da vida”, destacou o promotor Dax Barreto Bogo.