::Confraria do Júri::

 
 

 

      

Enquete

Você é a favor da ampliação da competência do Tribunal do Júri para outros crimes seguidos de morte?
 
Sim, para qualquer crime doloso seguido de morte.
Sim, com exceção do estupro seguido de morte.
Não. A competência do Tribunal do Júri deve permanecer a mesma.
Não tenho opinião formada.

 
Ver resultados
 
  
  
     Notícias
 
24/05/2022  - TJCE: Júri popular condena motorista de aplicativo a 29 anos de prisão pela morte de namorada grávida
 
TJCE

Após cerca de nove horas de julgamento, o Conselho de Sentença da 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza condenou o motorista de aplicativo Wando Cordeiro Vasconcelos a 29 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio qualificado, cometido contra a estudante universitária Maria Efigênia Santana Soares. O fato ocorreu em janeiro de 2021 e a vítima, que estava grávida, era namorada do réu.

Conforme decisão do Conselho de Sentença, foram consideradas as qualificadoras de motivo torpe, utilizando meio cruel, recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e com violência doméstica ou familiar contra a mulher.

A sessão do júri popular teve início às 9h de 12 de maio e foi concluída pouco após as 18h do mesmo dia. Durante todo o julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas, entre acusação e defesa, e o próprio réu.

“Tem-se que a vítima estava grávida do acusado na época dos fatos, o qual afirmou, em Juízo, conhecer a situação de gestante da ofendida, inclusive relatando que estaria entre um mês e meio a dois meses de gestação, a demonstrar maior intensidade do dolo, constituindo fundamentação idônea para a avaliação desfavorável da culpabilidade, porquanto anuncia o maior grau de reprovabilidade da conduta do acusado, bem assim o menosprezo especial ao bem jurídico violado”, afirmou, na sentença, a juíza Valência Maria Alves de Sousa Aquino, que conduziu a sessão.

CRONOLOGIA DO CASO

O crime ocorreu por volta das 21h do dia 13 de janeiro do ano passado, após o acusado atrair a vítima para uma conversa. Wando teria matado e ocultado o cadáver da namorada, às margens da BR-116, próximo ao Município de Chorozinho, por não concordar com a gravidez. De posse do celular da vítima, ele teria ainda forjado o sequestro e pedido um resgate de R$ 20 mil à família de Maria Efigênia. A Polícia rastreou a localização do aparelho e chegou ao motorista de aplicativo, que confessou o crime com detalhes. Em 22 de janeiro, o Ministério Público do Ceará (MPCE) ofereceu denúncia contra o réu, que foi aceita pela Justiça estadual três dias depois.

Ainda em janeiro, a defesa de Wando pediu a revogação da prisão, destacando a primariedade do acusado, que teria endereço fixo e profissão definida. Além disso, também alegou a inércia da denúncia, pedindo o seu não recebimento por parte da Justiça. O Juízo da 5ª Vara do Júri indeferiu o pedido, verificando a periculosidade do acusado em decorrência dos fatos e da motivação do crime. Encerrada a fase de instrução processual, o Juízo pronunciou Wando Cordeiro, em maio do ano passado, para que fosse submetido a julgamento pelo tribunal do júri popular.

Voltar


comente/critique essa matéria

 

 Confraria do Júri - Rua 6, s/nº, CPA - Cuiabá/MT