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22/08/2016  - STJ nega último recurso de Carli Filho e júri só depende de Gilmar Mendes
 
Paraná Portal

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liminar do último recurso do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho que tentava suspender o júri popular do caso em que é acusado de matar Carlos Murilo de Almeida e Gilmar de Souza Yared em acidente de trânsito em 2009. A decisão desta quinta-feira (19) foi publicada nesta sexta.

O ex-deputado é acusado de duplo homicídio, com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Caso seja condenado, a pena pode chegar a 20 anos de prisão. A defesa de Carli Filho já entrou com quatro recursos no STJ na tentativa de suspender o julgamento em júri popular.

Na prática, o STJ deu sua última palavra dizendo que o caso deve ser julgado como duplo homicídio doloso eventual e que a competência é do júri. Agora, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, analisa outro recurso.

“Quanto ao júri, dependemos ainda de uma última decisão do STF das mãos do ministro relator Gilmar Mendes, estimada para os próximos dois meses. Após essa decisão é que a segunda Vara do Júri de Curitiba poderá remarcar definitivamente o tão esperado júri”, aguarda advogado Elias Mattar Assad, assistente de acusação contratado pela família Yared.

Mattar Assad afirmou que sempre sustentou a posição adotada pelo STJ. “Assim, ele deverá ser julgado pelo júri e caiu por terra a tese da defesa neste sentido. Nosso escritório sempre sustentou isso. Ou seja, o STJ julgou dentro daquilo que nós na Assistência da Acusação sempre sustentamos. Uma vitória jurídica nossa no STJ”, comemorou.

Os advogados do réu defendem a anulação de uma das provas do processo, a que aponta o uso de álcool, e com isso pedem a desclassificação do delito de homicídio qualificado para duplo homicídio culposo.

O advogado Gustavo Scandelari, que defende Carli Filho em Curitiba, ainda aguarda decisão do STF. “Um recurso foi negado e outro recurso foi admitido. O recurso ordinário vai ao Supremo Tribunal Federal. O crime não é doloso, e sim culposo. O carro (das vítimas) não respeitou a sinalização de trânsito”, argumenta.

“Não há previsão para agendar o Júri, assim como não havia desde a última decisão que cancelou o Júri. O atual estado do processo é: aguardo decisão do STF no habeas corpus que cancelou o último Júri, sobre se deve o Júri aguardar todos os recursos da defesa ou não. Esse recurso admitido ainda deverá ser julgado pelo STF. E também cabe recurso contra a decisão que negou o recurso ontem. Em suma: não pode ainda ser marcado o Júri. Todos aguardamos decisão do STF sobre isso”, definiu Scandelari.

O pai de uma das vítimas, Gilmar Yared, declarou que espera um juri em 2017. “As portas estão se fechando para o Carli Filho e a decisão da justiça está próxima. Esperamos que o juri popular seja marcado para o começo do próximo ano”, disse.

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