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14/07/2016  - MT: Tribunal anula absolvição de assassino confesso
 
Diário de Cuiabá

O caseiro Anastácio Marafon, 55 anos, assassino confesso do ex-secretário de Estado de Infraestrutura e ex-prefeito de Primavera do Leste Vilceu Marchetti, será submetido a novo júri popular com data ainda não marcada, por força da decisão proferida pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) anulando a sentença que o absolveu do homicídio, na tarde desta quarta-feira (13).

A defesa do caseiro conseguira a absolvição em julho de 2015, junto ao Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Santo Antônio do Leverger, que validou a tese de crime cometido em legítima defesa, pois a vítima teria atirado primeiro na noite de 07 de julho de 2014, na Fazenda Marazul, administrada pelo ex-secretário e ex-prefeito. O voto contrário foi vencido por quatro a dois.

A briga que terminou em confronto físico resolvido à bala foi ocasionada, de acordo com a versão de Anastácio Marafon, após suposto assédio de Marchetti à esposa do caseiro. Ele também contou que chegara à Marazul cerca de dez dias antes, para assumir a administração da propriedade rural de Nery Fuganti, para quem o caseiro trabalhara por seis anos em outra localidade. Os netos de Marchetti, sustentou o caseiro, teriam visto tudo.

Armado, Marafon contou ter ido se demitir perante Fuganti, mas Vilceu Marchetti teria iniciado uma discussão no meio do caminho e esse desentendimento acabou degringolando na troca de tiros perdida pelo ex-secretário da Sinfra.

Na época da sentença de absolvição, o promotor de Justiça Natanael Fiúza recorreu afirmando ser o argumento de legítima defesa “manifestamente contrária às provas dos autos”, pois Marchetti fora executado deitado em sua cama, um contraponto evidente à versão do caseiro, de que Vilceu Marchetti atirou primeiro.

Na sustentação oral durante o júri que absolveu o caseiro, o advogado de defesa, Oscar Cesar Ribeiro Travassos, argumentou que a perícia não demonstrou, em momento algum, que a vítima estava dormindo quando recebeu os tiros. “Foi encontrado um projétil na beira da cama que não se sabe de onde é. O perito mesmo falou que o ambiente do quarto estava totalmente contaminado. Foram 16 horas de júri, foram desentranhadas todas as questões técnicas necessárias. Tivemos uma situação criada pelo Ministério Público, querendo desvirtuar as verdades dos fatos”.

Quem relatou o recurso que anulou a sentença de maneira unânime no TJ foi o desembargador Rondon Bassil Dower Filho. Para ele, as versões apresentadas pelo caseiro são conflitantes, pois teria este contado histórias diferentes na fase do inquérito policial e à Justiça.

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